Desde a Revolução Industrial, que iniciou em meados do século XVIII na Inglaterra, a produção em massa sempre se manteve em uma constante crescente. Chegamos ao ponto de que os períodos da Moda, onde as temporadas eram de seis em seis meses, agora perdem seu valor, e as coleções passam a ser apresentadas a cada semana. O fast fashion permite aos consumidores um produto de design, mas que muitas vezes perde no quesito qualidade.
Em contrapartida à essa loucura da produção em série, segundo análises do Future Concept Lab, presidido pelo sociólogo Francesco Morace, existe uma procura crescente pelo trabalho artesanal. Vale ressaltar que não estamos falando do artesanal que encontramos em feirinhas, mas sim o artesanal ligado ao design, onde moda e cultura se unem. Pode ser chamado também de artesanato de luxo, onde a beleza encontra o prestígio e a história, levando a qualidade do trabalho feito à mão para produções industriais.
Os consumidores que buscam isso estão fugindo das produções em larga escala, e começam a procurar o que a publicação chama de Italian Way of Life, que, em português, podemos pensar como sendo o estilo de vida italiano, que abrange a busca por cultura, a tradição e o artesanato, dando enfâse para o Made in Italy, ou seja, o design italiano quanto produto de qualidade e criatividade.
Porém, nota-se que esse comportamento ultrapassa as fronteiras geográficas e já pode ser notado em vários outros locais, onde começam a surgir os produtos voltados a esses consumidores. Como exemplo, podemos citar as designers da marca Heavy Machine, que colocam o seu conceito como uma expressão dos seus ideais. E, em sua última coleção, apresentaram calçados que segundo elas, foram pensandos para a mulher que tem um mundo a conquistar, e seus sapatos seriam como armaduras, feitas artesanalmente e com a ergonomia necessária. É a produção industrial feita de maneira artesanal.
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