31 de outubro de 2014

31ª Bienal de São Paulo - Como falar de coisas que não existem




Está acontecendo no parque do Ibirapuera a 31ª Bienal de São Paulo, que ficará aberta até dia 7 de dezembro, esta edição tem o tema Como falar de coisas que não existem. Este título faz pensar em um dilema contemporâneo: como viver em um mundo em transformação permanente, onde as velhas formas – de trabalho, de comportamento, de arte – já não cabem e as novas formas ainda não estão claramente delineadas?

Olhar para não ver  é um programa educacional de oficinas, palestras e caminhadas, que investiga fatos recentes no Brasil e no mundo, baseados em tensões em torno da exploração do espaço urbano e natural.
Esta edição conta com a curadoria de diversas personalidades de vários países, tais como o escocês Charles Esche, os espanhóis Nuria Enguita Mayo e Pablo Lafuente, a israelense Galit Eilat dentre outros. A exposição trouxe o trabalho de artistas do mundo todo, tendo o apoio internacional de várias instituições, o que tornou a 31ª Bienal muito mais atrativa e diferenciada em relação a edições anteriores. 

Organizados pelo Educativo Bienal, os ateliês são territórios da invenção coletiva para todos os públicos
Esta não é uma Bienal fundada em objetos de arte, mas em pessoas que trabalham com pessoas que, por sua vez, trabalham em projetos colaborativos com outros indivíduos e grupos, em relações que devem continuar e desenvolver-se ao longo de sua duração e talvez mesmo depois de seu encerramento. Embora se possa dizer que um pequeno grupo de pessoas sejam os iniciadores, o foco da 31ª Bienal é posto sobre todos aqueles que entrarão em contato com ela e dela farão uso, bem como sobre o que será criado a partir dos encontros no evento como um todo. Essa abertura do processo precisa ser entendida como um meio de aprendizagem: uma troca educacional estabelecida ao longo e em cada um dos níveis e que é, por conseguinte, não resolvida e experimental.

Histórias ao pé do baobá - O Grupo Contrafilé e Campus in Camps convidam a todos para ouvirem algumas histórias e conversarem sobre elas ao pé do baobá
A 31ª Bienal quer analisar diversas maneiras de gerar conflito, por isso muitos dos projetos têm em suas bases relações e confrontos não resolvidos: entre grupos diferentes, entre versões contraditórias da mesma história ou entre ideais incompatíveis. As dinâmicas geradas por esses conflitos apontam para a necessidade de pensar e agir coletivamente, modo mais poderoso e enriquecedor do que a lógica individualista que nos é geralmente imposta.
Encontro Casa do Hip Hop de Diadema e Obá Inã - Encontros Improváveis é uma ação que faz parte da Programação Paralela do Educativo Bienal na mostra.
Roda de conversa com o Público - A 31ª bienal convida o público para rodas de conversa. A ideia é conhecer melhor suas expectativas, impressões e opiniões sobre a exposição.

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