Design e moda estão cada vez mais conectados na busca por meios de produção sustentável e responsabilidade social. Considerando isso, apresentamos uma Moda que vai além do conhecimento popular da história, compreendida pelo domínio da aparência, superficialidade e futilidade, que está cada vez mais atrelada à inclusão social e qualidade de vida.
Destacamos, aqui, alguns exemplos desse crescente comportamento inclusivo:
Projeto Flor de Lótus da marca Doisèlles, da estilista mineira Raquel Guimarães foi além das aparências e fez a diferença promovendo a reinserção dos presos na sociedade. Nesse projeto inclusivo, Raquel fez parceria com um grupo de detentos onde aprendem o tricô e dão forma às suas criações, além de aprenderem uma atividade nova e se dignificarem com uma ocupação, sendo que a cada três dias de trabalho é descontado um de sua pena.
Veja o vídeo do projeto aqui
O vestuário é um importante canal de comunicação que permite aos indivíduos serem avaliados e aceitos, ou não, por outros indivíduos. A moda, então, pode exercer um papel fundamental na inclusão social e na melhoria da qualidade de vida de pessoas com deficiência.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 10% da humanidade sofre de alguma deficiência, portanto, o mercado precisa pensar e criar para a minoria, muitas vezes, desamparada. Foi pensando nisso que algumas marcas estão desenvolvendo suas criações para esse público.
É o caso do designer Chris Ambraisse que criou roupas adaptadas para pessoas com deficiência física.
Coleção de Chris Ambraisse adaptada para deficientes físicos |
Coleção de Chris Ambraisse adaptada para deficientes físicos |
Já as marcas paulistas Lado B Moda Inclusiva e Lira produzem roupas com modelagem mais solta e fechamentos diferenciados para facilitar o dia a dia desse público.
Outro exemplo de valores sociais é a marca masculina Urânio do designer Geraldo Lima. O projeto Olhar, Olhares faz parte de uma pesquisa que iniciou através do estudo dos cinco sentidos, porém, o foco se afirmou nos deficientes visuais e nos problemas enfrentados quanto à questão têxtil.
O trabalho visa à independência dos deficientes visuais através do uso de etiquetas em braile, adequação e reestruturação do espaço da loja e conta com o apoio de costureiras portadoras de deficiências visuais, promovendo um diálogo interessante entre inclusão social e moda, além de propor melhoria na qualidade de vida, tanto dos usuários como dos funcionários.
Coleção "Olhar, Olhares" |
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