24 de janeiro de 2014

Sexo, quebra de tabu e prevenção do HPV

Há séculos as pessoas têm sua vida sexual reprimida, entretanto, de uns anos para cá os preconceitos e as proibições foram deixando de existir. Essa quebra de tabu fez com que a maioria dos jovens iniciasse suas atividades sexuais muito mais cedo e de maneira mais ativa. No entanto, essa ação, juntamente com o não uso de preservativos, pode vir acompanhada por problemas de saúde que merecem tratamentos adequados.
Entre esses problemas destacamos o HPV (Vírus do papiloma humano), que tem atingido um grande percentual de pessoas no Brasil, principalmente as mulheres. Esse vírus, por ser sexualmente transmissível, engloba diferentes tipos e pode provocar o surgimento de lesões genitais de baixo e de alto risco. Nas lesões de alto risco é que mora o problema, elas podem desencadear câncer do colo de útero e do pênis.
Para prevenir, todo mundo já está cansado de saber que o uso de camisinha é imprescindível, todavia, foi desenvolvida uma vacina contra o HPV pensando na redução de pessoas que venham a desenvolver o câncer do colo de útero.
No Brasil, as vacinas comercializadas atendem ao tipo quadrivalente, ou seja, previne contra os tipos 16 e 18 (presentes em 70% de casos de câncer do colo de útero) e contra os tipos 6 e 11 (encontrados em 90% de casos de verrugas genitais). Essas vacinas, antes fornecidas apenas no sistema particular de saúde, são divididas em três doses, de aproximadamente R$395,00 cada uma. Caro, né?
Como nem todos podem ter acesso a ela, o Sistema Único de Saúde (SUS) vai disponibilizar, no dia 10 de março, vacinação contra o vírus para meninas de 11 a 13 anos com o intuito de prevenir o câncer no colo de útero de 80% das 5,2 milhões do público-alvo dessa campanha. De acordo com estudos realizados pelo Ministério da Saúde, a vacinação é feita nessa faixa etária pois há maior intensidade na produção de anticorpos para o combate da doença. Outro motivo é que as meninas têm iniciado sua atividade sexual a partir dos 13 anos de idade.

 “O pai e a mãe têm que pensar, antes de mais nada, em proteger a sua futura mulher, ainda menina, contra o HPV” (Alexandre Padilha, Ministério da Saúde).  


É importante lembrar que nem todos os tipos de HPV podem desencadear o câncer no colo do útero.
Com essa publicação, nós do Futuro do Presente, esperamos que todos procurem quebrar o tabu sobre a doença, leiam e entendam o que é o HPV, seus riscos e tratamentos. Se existe uma maneira de prevenção, o adequado é usar o quanto antes. A saúde no Brasil depende de políticas públicas de assistência às pessoas, prevenção de doenças e de nossa conscientização - estamos caminhando para uma melhora.




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