O movimento chama-se UnCollege, foi lançado em 2011 nos Estados Unidos, e prega que os jovens devem desenvolver a capacidade de autoaprendizado de maneira livre e independente, além de defender que a universidade não é o único caminho para o sucesso. A proposta é que os estudantes aprendam a “hackear” a própria educação, tendo total controle de suas trajetórias acadêmicas sem serem absorvidos por conceitos pré-estabelecidos.
Lucas Coelho, rompeu com o ensino tradicional em 2010, quando abandonou o curso de engenharia de produção na Universidade Federal de Santa Catarina e decidiu hackear sua educação. Foi buscando ideias inovadoras no setor que ele descobriu o UnCollege. Escreveu para Dale Stephens, fundador do movimento nos Estados Unidos, e moldaram, juntos, um plano de expansão para outros países - o Brasil foi o primeiro deles. Lucas decidiu, então, trazer isso para a realidade brasileira, e em setembro o UnCollege chegou ao Brasil.
O Gap Year, que pode ser traduzido como "ano de intervalo", é um dos programas do UnCollege que foi importado para terras brasileiras. Ele é dividido em quatro fases. Primeiro, um programa residencial de 10 semanas, chamado The Launch (O Lançamento). Nesse tempo, os participantes convivem entre eles e com um especialista do movimento. No Brasil, isso acontece em uma casa em Ilhabela (SP). Lá, participam de workshops, desafios e outras atividades para ajudar a desenvolver habilidades de autoaprendizagem. Também conhecem a rede de mentores do UnCollege, formada por especialistas de diferentes áreas que ajudam a criar um plano próprio de aprendizado e a planejar e viabilizar as etapas seguintes do programa.
Na segunda fase, o aluno passa três meses morando em um país no qual nunca tenha morado antes, fazendo coisas também inéditas para ele. O UnCollege ajuda a organizar a viagem e disponibiliza R$ 2 mil para despesas. Na etapa seguinte, é a hora de estagiar por três meses em uma organização que tenha a ver com os objetivos do participante, em qualquer cidade do mundo, usando a rede de contatos do movimento. A última fase consiste em criar um projeto independente que possa ser colocado em prática e, posteriormente, apresentado a investidores.
Para participar, é preciso ter entre 18 e 28 anos, e o programa tem custo total de R$ 15 mil. A primeira turma, composta por nove pessoas vindas do Brasil, da China, dos Estados Unidos e da África do Sul, já está fechada e trabalhando desde 8 de setembro. Para saber mais ou se inscrever, acesse brazil.uncollege.org.
fonte:noticias.terra.com.br/educacao
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