A rede social ‘Lado C’ quer inovar a captação de recursos de ONGs com plataforma onde usuários vendem serviços e a renda é revertida para a instituição que escolherem.
Ao invés de dinheiro, você doa aquilo que sabe fazer bem.
Na experiência que teve em ONGs, o publicitário Tarik Frank notou que é muito comum que pessoas se identifiquem com uma causa social e até declarem publicamente apoio a ela – mas quando se trata de efetivamente doar dinheiro para as organizações, a coisa muda. Segundo ele, nas redes sociais essa realidade é particularmente notável. “Diversas páginas têm enorme empatia de grupo, mas não conseguem rentabilizar a interação dessas pessoas”, diz.
Foi a partir dessa constatação que começou a germinar o conceito da rede social Lado C – Todos têm um lado para a caridade, cujo objetivo é permitir que as pessoas doem dinheiro para as instituições que admiram sem necessariamente ter de gastá-lo. Como? Vendendo algo que sabem fazer bem para alguém que precise do serviço ou produto.
Tarik Frank apresentando sua ideia no concurso Tecnologias que Transformam.
“Vendo esse tipo de modelo, identifiquei a oportunidade de reverter as verbas para o setor social”, explica Frank. Na plataforma seria possível, por exemplo, que alguém te contrate para traduzir um texto em inglês, só que ao invés de o pagamento ir para você, vai para uma ONG de sua escolha. A princípio, a estratégia é constituir um grande banco de doadores através de parcerias com organizações já bem conhecidas, como UNICEF,Doutores da Alegria e Fundação Abrinq, que já demonstraram interesse pelo projeto. Eventualmente, a meta é abrir para qualquer instituição.
A ideia é que o usuário saiba exatamente como está sendo usado o dinheiro que doou. E Por outro lado, as ONGs vão poder conhecer quais são seus principais doadores e até manter um relacionamento com eles, caso consintam. Segundo Frank, para as instituições este contato é até mais importante do que o dinheiro em si.
Agora o projeto enfrenta o maior desafio de toda essa ideia promissora: o financiamento. Os organizadores do Acelera Startup avaliaram que a ideia tem futuro, mas não se encaixa no que o investidor brasileiro procura no momento. A sugestão foi partir para o crowdsourcing, e foi o que a dupla fez – lançou uma campanha no Catarse para conseguir financiamento coletivo. Caso não atinjam a quantia almejada, o jeito vai ser continuar na busca por alguém que compre a ideia. "É aquela velha história, as pessoas não se sentem tão seguras em doar dinheiro", diz Frank.
fonte: revistagalileu.globo.com
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