Há séculos as pessoas têm sua
vida sexual reprimida, entretanto, de uns anos para cá os preconceitos e as
proibições foram deixando de existir. Essa quebra de tabu fez com que a maioria
dos jovens iniciasse suas atividades sexuais muito mais cedo e de maneira mais
ativa. No entanto, essa ação, juntamente com o não uso de preservativos, pode
vir acompanhada por problemas de saúde que merecem tratamentos adequados.
Entre esses problemas destacamos
o HPV (Vírus do papiloma humano),
que tem atingido um grande percentual de pessoas no Brasil, principalmente as
mulheres. Esse vírus, por ser sexualmente transmissível, engloba diferentes
tipos e pode provocar o surgimento de lesões genitais de baixo e de alto risco.
Nas lesões de alto risco é que mora o problema, elas podem desencadear câncer
do colo de útero e do pênis.
Para
prevenir, todo mundo já está cansado de saber que o uso de camisinha é
imprescindível, todavia, foi desenvolvida uma vacina contra o HPV pensando na
redução de pessoas que venham a desenvolver o câncer do colo de útero.
No
Brasil, as vacinas comercializadas atendem ao tipo quadrivalente, ou seja,
previne contra os tipos 16 e 18 (presentes em 70% de casos de câncer do colo de
útero) e contra os tipos 6 e 11 (encontrados em 90% de casos de verrugas
genitais). Essas vacinas, antes fornecidas apenas no
sistema particular de saúde, são
divididas em três doses, de aproximadamente R$395,00 cada uma. Caro, né?
Como
nem todos podem ter acesso a ela, o Sistema Único de Saúde (SUS) vai
disponibilizar, no dia 10 de março, vacinação contra o vírus para meninas de 11
a 13 anos com o intuito de prevenir o câncer no colo de útero de 80%
das 5,2 milhões do público-alvo dessa campanha. De acordo com estudos
realizados pelo Ministério da Saúde, a vacinação é feita nessa faixa etária pois
há maior intensidade na produção de anticorpos para o combate da doença. Outro
motivo é que as meninas têm iniciado sua atividade sexual a partir dos 13 anos
de idade.
“O pai e a mãe
têm que pensar, antes de mais nada, em proteger a sua futura mulher, ainda
menina, contra o HPV” (Alexandre Padilha, Ministério da Saúde).
É
importante lembrar que nem todos os tipos de HPV podem desencadear o câncer no
colo do útero.
Com
essa publicação, nós do Futuro do Presente, esperamos que todos procurem
quebrar o tabu sobre a doença, leiam e entendam o que é o HPV, seus riscos e
tratamentos. Se existe uma maneira de prevenção, o adequado é usar o quanto
antes. A saúde no Brasil depende de políticas públicas de assistência às
pessoas, prevenção de doenças e de nossa conscientização - estamos caminhando
para uma melhora.