Está acontecendo no parque do Ibirapuera a 31ª Bienal de São
Paulo, que ficará aberta até dia 7 de dezembro, esta edição tem o tema Como falar de coisas que não existem.
Este título faz pensar em um dilema contemporâneo: como viver em um mundo em
transformação permanente, onde as velhas formas – de trabalho, de
comportamento, de arte – já não cabem e as novas formas ainda não estão
claramente delineadas?
Esta edição conta com a curadoria de diversas personalidades
de vários países, tais como o escocês Charles Esche, os espanhóis Nuria Enguita
Mayo e Pablo Lafuente, a israelense Galit Eilat dentre outros. A exposição
trouxe o trabalho de artistas do mundo todo, tendo o apoio internacional de
várias instituições, o que tornou a 31ª Bienal muito mais atrativa e
diferenciada em relação a edições anteriores.
Organizados pelo Educativo Bienal, os ateliês são territórios da invenção coletiva para todos os públicos |
Esta não é uma Bienal fundada em objetos de arte, mas em
pessoas que trabalham com pessoas que, por sua vez, trabalham em projetos
colaborativos com outros indivíduos e grupos, em relações que devem continuar e
desenvolver-se ao longo de sua duração e talvez mesmo depois de seu
encerramento. Embora se possa dizer que um pequeno grupo de pessoas sejam os
iniciadores, o foco da 31ª Bienal é posto sobre todos aqueles que entrarão em
contato com ela e dela farão uso, bem como sobre o que será criado a partir dos
encontros no evento como um todo. Essa abertura do processo precisa ser
entendida como um meio de aprendizagem: uma troca educacional estabelecida ao
longo e em cada um dos níveis e que é, por conseguinte, não resolvida e
experimental.
Histórias ao pé do baobá - O Grupo Contrafilé e Campus in Camps convidam a todos para ouvirem algumas histórias e conversarem sobre elas ao pé do baobá |
A 31ª Bienal quer analisar diversas maneiras de gerar conflito, por isso muitos dos
projetos têm em suas bases relações e confrontos não resolvidos: entre grupos
diferentes, entre versões contraditórias da mesma história ou entre ideais
incompatíveis. As dinâmicas geradas por esses conflitos apontam para a
necessidade de pensar e agir coletivamente,
modo mais poderoso e enriquecedor do que a lógica individualista que nos é
geralmente imposta.
Encontro Casa do Hip Hop de Diadema e Obá Inã - Encontros Improváveis é uma ação que faz parte da Programação Paralela do Educativo Bienal na mostra. |
Roda de conversa com o Público - A 31ª bienal convida o público para rodas de conversa. A ideia é conhecer melhor suas expectativas, impressões e opiniões sobre a exposição. |